Métodos de Perfuração

Para a realização de uma perfuração existem vários métodos de execução:

  • Circulação directa
  • Circulação Inversa
  • Percussão Pneumática (Martelo de fundo de furo)
  • Rotação com Carotagem
  • Trado

Cada um destes métodos apresenta características distintas, aplicando-se em função do tipo de formação a perfurar, diâmetro pretendido e profundidade a atingir. Todas apresentam vantagens e desvantagens, de acordo com o seu potencial de eficiência, velocidade de perfuração e equipamento necessário.

Circulação directa (Rotary)

O método de circulação directa consiste na injecção de um fluido de circulação (lamas ou ar) pelo interior das varas de perfuração, com o retorno ascendente pelo espaço anelar entre as paredes do furo e varas, por onde é feito o transporte dos detritos.

Este método é correntemente utilizado em formações não consolidadas, onde se utiliza como fluido de circulação lamas (normalmente bentoníticas). Também pode ser utilizado em formações consolidadas, com a circulação a ser efectuado por lamas ou ar, muito embora, para os diâmetros correntemente utilizados, seja mais utilizado o método de percussão pneumática.

Com o método de circulação directa é possível obter uma boa eficiência, com avanços elevados e um controlo mais preciso das perdas de fluído de perfuração, muito embora envolva um número elevado dos equipamentos necessários para as operações.

Percussão Pneumática (Martelo de fundo de furo)

Este método consiste na perfuração através de um martelo pneumático que, por percussão, esmaga a rocha. O ar circula pelo interior das varas na fase descendente, passando pelo mecanismo do martelo e transportando posteriormente os detritos pelo exterior das varas na fase ascendente.

Este método é utilizado em formações consolidadas, onde não haja necessidade de grandes diâmetros, permitindo avanços bastante elevados.

Circulação Inversa

Ao contrário da circulação directa, o fluído de perfuração circula na fase descente pelo espaço anelar entre o furo e as varas, subindo posteriormente pelo interior das varas, juntamente com os detritos.

Este método é bastante eficiente em diâmetros elevados, proporcionando bons avanços e amostras litológicas em bom estado, apesar de ser necessário um maior controlo em relação aos abatimentos no furo. É o método preferencial para captações muito produtivas, onde se pretenda caudais elevados, como abastecimento público ou industrial.

Rotação com carotagem

O método da carotagem consiste na utilização de uma broca adiamantada tubular que, por rotação, extrai carotes cilíndricas. É um método que permite avanços consideravelmente menores e é utilizado quando se pretende uma amostragem representativa da formação atravessada.

Trado

O método de perfuração com trado consiste na utilização de um “parafuso” helicoidal que, por rotação, transporta os detritos até à superfície. Este método permite diâmetros de perfuração elevados, muito embora as profundidades atingidas sejam bastante limitadas. É utilizado, essencialmente, em trabalhos de geotecnia, como cravações de estacas, ou na execução de infra-estruturas.